"Magnitsky, Clezão e a Face Oculta da Justiça: Quando o Estado Mata"
Seu nome virou símbolo mundial contra a impunidade. 🌍 A Lei Magnitsky, criada nos EUA e adotada por vários países, permite sancionar autoridades envolvidas em corrupção e violações de direitos humanos — mesmo fora de seus países.
5/8/20241 min read


Sergei Magnitsky foi torturado até a morte por denunciar corrupção. Advogado russo, revelou o roubo de 230 milhões de dólares do governo russo. Sua coragem o transformou em alvo do regime de Vladimir Putin.
Em 2008, policiais invadiram sua casa e o levaram diante da família. Sergei sussurrou aos filhos: “Não se preocupem, não fiz nada de errado.” Mas ele nunca voltou.
Foi transferido para prisões cada vez piores, sem aquecimento, comida decente ou higiene mínima. O esgoto transbordava na cela, e a luz permanecia acesa 24 horas por dia. Eram 14 prisioneiros para apenas 8 camas. A privação de sono era uma forma de tortura.
Com pancreatite grave, Sergei teve atendimento médico negado por meses. Perdeu 20 quilos, rolando de dor em posição fetal. Foi espancado por 8 guardas até a morte, algemado, sangrando, enquanto um médico e outros oficiais assistiam em silêncio. Tinha apenas 37 anos. Um assassinato de Estado.
Sua morte inspirou a Lei Magnitsky, sancionada nos EUA em 2012, que permite aplicar sanções a corruptos e violadores de direitos humanos em qualquer parte do mundo. Em 2016, ela foi ampliada para incluir censura, perseguição política e assassinatos cometidos por regimes autoritários.
Assim como Sergei, Clezão, no Brasil, morreu na prisão por falta de tratamento médico, negado mesmo após pedido de soltura da própria Procuradoria-Geral da República. Alexandre de Moraes ignorou o apelo e manteve a prisão. A omissão foi fatal.
A história de Clezão carrega o mesmo peso que a de Sergei. Um símbolo de que o autoritarismo, a perseguição e a crueldade institucional não têm fronteiras. O nome de Alexandre de Moraes, por sua ação e omissão, deveria constar na lista da Lei Magnitsky Global.
Adeus, Sergei Magnitsky. Adeus, Clezão. Que suas mortes não tenham sido em vão.