Jornalista Denuncia Delegados e Ex-Secretário em Esquema de Perseguição e Lawfare no Rio
jornalista brasileiro, atualmente protegido internacionalmente na Europa, denuncia estar no centro de uma perseguição política sem precedentes, marcada por assassinato de familiar, processos judiciais forjados e tentativas de silenciamento por autoridades com poder político e ligação com milícias no Rio de Janeiro.
CRIME CONTRA A HUMANIDADE
Redação
8/16/20252 min read


Suisse-UE _ Um jornalista brasileiro, atualmente protegido internacionalmente na Europa, denuncia estar no centro de uma perseguição política sem precedentes, marcada por assassinato de familiar, processos judiciais forjados e tentativas de silenciamento por autoridades com poder político e ligação com milícias no Rio de Janeiro.
Segundo documentos e relatos do jornalista, pelo menos seis processos judiciais nos quais figura como réu ou investigado têm a presença dos delegados Fernando Veloso e Fábio Marcelo Andrade. Para ele, a recorrência dos dois nomes não é coincidência, mas parte de uma engrenagem de intimidação e uso abusivo do Judiciário – o chamado lawfare.
Assassinato e farsa de suicídio
O episódio mais trágico da perseguição foi o assassinato de seu filho, inicialmente apresentado como suicídio. A versão oficial, contudo, foi desmontada por exames periciais que apontaram manipulação da cena do crime.
Na sequência, ao buscar responsabilização, o jornalista sofreu uma emboscada e tentativa de assassinato, além de um encarceramento arbitrário. “O objetivo sempre foi o mesmo: me calar”, afirmou.
Pressão política e chantagem judicial
O jornalista afirma ainda ter recebido uma proposta direta de Raphael Montenegro, então secretário de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro e filho da desembargadora Jaqueline Montenegro.
Segundo o relato, Montenegro teria oferecido “aliviar processos” caso o jornalista desistisse de denunciar o delegado Fernando Veloso por escutas clandestinas. A proposta foi rejeitada, e, em resposta, o jornalista apresentou nova denúncia contra Montenegro.
O episódio ganhou maior repercussão quando se tornou público que o secretário havia viajado até o presídio de Catanduvas para negociar uma “paz no Rio” com o traficante Marcinho VP. À época, Raphael Montenegro era cotado para ocupar vaga de desembargador pelo quinto constitucional. A reportagem sobre o escândalo teria sido determinante para impedir sua ascensão ao Judiciário.
O peso da família Montenegro
A família Montenegro possui forte influência no meio jurídico: além de Jaqueline Montenegro, desembargadora do TJ-RJ, o padrasto de Raphael também é desembargador. Para fontes da própria Secretaria de Administração Penitenciária, como o ex-vice-secretário Gilberto Manhiotte, a repercussão das denúncias contra o filho teria provocado fúria na desembargadora.
Lawfare e perseguição sistemática
O jornalista foi posteriormente condenado a 10 anos de prisão em primeira instância, em processo marcado por ausência de provas, falta de autoria atribuída e restrição ao direito de defesa. Para especialistas consultados, o caso traz todos os elementos do lawfare: o uso seletivo e abusivo de processos judiciais para sufocar a atividade jornalística e crítica.
Repercussão internacional
O caso já mobiliza organizações de defesa da liberdade de imprensa. O jornalista pede atenção urgente da Artigo 19, Repórteres Sem Fronteiras, Anistia Internacional e ONU, denunciando um padrão de perseguição política e familiar no Estado do Rio de Janeiro, com ramificações no Judiciário.
“Não aceitaram que eu expusesse a verdade. Tentaram me comprar, depois me ameaçaram, mataram meu filho e agora querem me enterrar no silêncio dos tribunais. Mas continuo vivo e vou seguir denunciando”, declarou.