Globo, STF e a cobertura seletiva: a denúncia de Silas Malafaia em análise
Nos últimos anos, a relação entre grandes meios de comunicação, o Judiciário e o cenário político brasileiro tem gerado debates intensos. O pastor Silas Malafaia voltou a levantar polêmica ao afirmar que o ministro Alexandre de Moraes teria “comprado a Globo”, usando a expressão como metáfora para indicar uma simpatia ou neutralidade da emissora em troca de decisões judiciais favoráveis.
MATÉRIA DE OPINIÃO - CENÁRIO INTERNACIONAL
Redação
9/3/20251 min read


Buenos Aires, 2025 – Nos últimos anos, a relação entre grandes meios de comunicação, o Judiciário e o cenário político brasileiro tem gerado debates intensos. O pastor Silas Malafaia voltou a levantar polêmica ao afirmar que o ministro Alexandre de Moraes teria “comprado a Globo”, usando a expressão como metáfora para indicar uma simpatia ou neutralidade da emissora em troca de decisões judiciais favoráveis.
Benefícios jurídicos exclusivos
Em fevereiro de 2024, Moraes anulou autuações e multas aplicadas pela Receita Federal e confirmadas pelo CARF contra a TV Globo e artistas contratados como pessoas jurídicas (PJ). A decisão se baseou no entendimento do STF de que contratos PJ em atividades artísticas e jornalísticas são legais, desde que não haja fraude.
Até o momento, não há registro de decisões semelhantes beneficiando outras emissoras, reforçando a percepção de que a Globo recebeu um tratamento diferenciado, mesmo quando comparada a concorrentes do setor.
Cobertura editorial diferenciada
A análise da cobertura da Globo mostra padrões claros:
Alexandre de Moraes e STF: abordagem institucional, polida, com críticas moderadas.
Luiz Inácio Lula da Silva: reportagens discretas, tom institucional, sem destaque agressivo para crises.
Jair Bolsonaro: cobertura intensa, crítica, editorializada, enfatizando conflitos e embates diretos com a mídia.
Essa disparidade sugere uma seleção editorial baseada em alinhamento político, evidenciando como diferentes figuras públicas recebem tratamento distinto dentro da mesma emissora.
A interpretação de Malafaia
Para Malafaia, a combinação de decisões judiciais favoráveis e cobertura branda da Globo confirma sua denúncia: a emissora teria uma tendência clara de neutralidade ou até favorecimento quando se trata de Alexandre de Moraes, em contraste com a cobertura agressiva destinada a Bolsonaro.
Embora não haja comprovação de conluio, o padrão reforça a percepção de viés seletivo, tanto do ponto de vista jurídico quanto midiático, levantando questões sobre imparcialidade jornalística e equidade na aplicação da lei.