Fux abre quarto dia de julgamento com pedido de anulação por “incompetência absoluta” do STF
Brasília, 10 de setembro de 2025 – O ministro Luiz Fux abriu a sessão desta quarta-feira pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) com um voto contundente: declarou a incompetência absoluta da Corte para julgar a ação penal que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete acusados. Ele pediu a anulação de todo o processo desde o recebimento da denúncia.
JUSTIÇA
Wilson Camilo
9/10/20251 min read


Brasília, 10 de setembro de 2025 – O ministro Luiz Fux abriu a sessão desta quarta-feira pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) com um voto contundente: declarou a incompetência absoluta da Corte para julgar a ação penal que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete acusados. Ele pediu a anulação de todo o processo desde o recebimento da denúncia
Argumentos centrais do voto de Fux
Incompetência absoluta do STF
Fux ressaltou que os réus não ocupavam mais cargos públicos no momento dos fatos, sendo imprescindível, portanto, que não fossem julgados pela Suprema Corte. Segundo ele, a competência do STF é "absoluta e inderrogável pela vontade das partes". Por isso, considerou que todo o processo deve ser anulado Jornal Correio da ManhãReuters.Plenário versus Primeira Turma
O ministro argumentou ainda que, caso fosse mantida a competência da Corte, o julgamento deveria ocorrer no Plenário (com todos os onze ministros), e não apenas na Primeira Turma. Isso garantiria pluralidade de vozes e evitaria restringir o debate a apenas cinco ministros ReutersMigalhasJornal Correio da Manhã.O papel do STF e a exigência de objetividade
Fux também destacou que a função do STF é interpretar a Constituição e não exercer juízo político. Ele defendeu objetividade e técnica nas decisões judiciais, afirmando que "o juiz deve ter firmeza para condenar quando houver certeza e, o mais importante, ter humildade para absolver quando houver dúvida" MigalhasJornal Correio da Manhã.
O quadro atual do julgamento
Até o momento, o placar está 2 a 0 a favor da condenação, com os votos do relator Alexandre de Moraes e do ministro Flávio Dino contrários à invalidação do processo Jornal Correio da ManhãMigalhas. Com o voto de Fux abrindo uma divergência, o julgamento segue como um dos mais aguardados dos últimos tempos. A expectativa é que os outros dois ministros da turma — Cármen Lúcia e Cristiano Zanin — ainda se pronunciem, e o desfecho deve ocorrer até esta sexta-feira, 12 de setembro.