Depoimento de ex-assessor de Moraes levanta suspeitas sobre conduta institucional nas eleições de 2022
Em audiência pública transmitida ao vivo pela TV Senado, o ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes, Eduardo Tagliaferro, fez declarações contundentes que acenderam um novo debate sobre a lisura institucional das eleições de 2022 no Brasil.
JUSTIÇA
Redação
9/5/20252 min read


Em audiência pública transmitida ao vivo pela TV Senado, o ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes, Eduardo Tagliaferro, fez declarações contundentes que acenderam um novo debate sobre a lisura institucional das eleições de 2022 no Brasil.
Durante a sessão da Comissão de Segurança Pública do Senado Federal, Tagliaferro apresentou documentos, mensagens e capturas de tela que, segundo ele, comprovariam a existência de condutas processuais manipuladas, como a emissão de documentos com data retroativa em ações contra empresários e adversários políticos. O ex-assessor apontou também o uso seletivo de mecanismos de censura judicial, com a derrubada de páginas e perfis de redes sociais ligados a apenas uma das correntes políticas em disputa — especificamente, a de oposição ao grupo político dominante no Judiciário e no TSE à época.
“A esquerda não era tocada”, afirmou Tagliaferro em um dos momentos mais diretos da audiência, sugerindo um padrão de parcialidade institucional. Ele alegou ainda que as decisões de fiscalização, mandados e medidas de urgência eram executadas com celeridade incomum contra adversários, enquanto grupos aliados eram ignorados pelas mesmas autoridades.
As declarações ocorreram sob juramento e fazem parte dos autos públicos da audiência, podendo ser consultadas por qualquer cidadão. Embora o processo eleitoral tenha sido oficialmente validado pelo TSE e reconhecido por observadores internacionais, as denúncias reacendem o debate sobre a legalidade dos métodos adotados por membros do Judiciário durante o período eleitoral.
Até o momento, o Supremo Tribunal Federal não se pronunciou sobre o conteúdo das declarações. O ministro Alexandre de Moraes também não respondeu às menções feitas em seu nome.
O caso já gera repercussão internacional, sendo citado em fóruns de direitos humanos e entre entidades que acompanham temas ligados à liberdade de expressão e ao devido processo legal. Juristas alertam que, caso os documentos apresentados sejam investigados e confirmados, pode haver responsabilização de agentes públicos por abuso de autoridade e violação de garantias constitucionais.
Informações tv Senado