Delegado Usa a Mãe como Laranja em Empresa de Informações e Persegue Jornalista que Denuncia o Esquema
Um escândalo envolvendo um delegado de polícia em atividade chama a atenção pela gravidade dos fatos e pela passividade das autoridades públicas diante das evidências. Trata-se de Fernando da Silva Veloso, que aparece como sócio da empresa Argumento Análise e Gerenciamento de Informações Ltda, registrada sob o CNPJ 29.234.201/0001-35, cuja atividade é voltada ao gerenciamento e análise de dados e informações — área sensível e diretamente relacionada ao seu cargo público.
8/7/20253 min read


Delegado Usa a Mãe como Laranja em Empresa de Informações e Persegue Jornalista que Denuncia o Esquema
RIO DE JANEIRO – Um escândalo envolvendo um delegado de polícia em atividade chama a atenção pela gravidade dos fatos e pela passividade das autoridades públicas diante das evidências. Trata-se de Fernando da Silva Veloso, que aparece como sócio da empresa Argumento Análise e Gerenciamento de Informações Ltda, registrada sob o CNPJ 29.234.201/0001-35, cuja atividade é voltada ao gerenciamento e análise de dados e informações — área sensível e diretamente relacionada ao seu cargo público.
A empresa tem como sócio-administradora formal a senhora Arminda Ferreira Veloso, mãe do delegado, uma idosa de mais de 80 anos com limitações de saúde e sem qualquer histórico de atuação empresarial, o que levanta sérias suspeitas de que esteja sendo usada como laranja ou testa de ferro, enquanto o verdadeiro administrador e beneficiário da empresa seria o próprio delegado.
Conflito de Interesses, Improbidade e Ocultação
A situação configura potencial violação da Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/92), conflito de interesses (Lei nº 12.813/13), e uso de parente para ocultar patrimônio ou atuação empresarial incompatível com a função pública. Como delegado, Fernando Veloso possui acesso privilegiado a informações sigilosas, o que torna ainda mais grave sua atuação em uma empresa privada que supostamente lida com o tratamento e análise de dados sensíveis.
A participação de autoridade policial em empresa desse tipo fere princípios da moralidade, impessoalidade e legalidade, que devem reger a administração pública. Mais grave ainda é o fato de que, apesar de a situação estar documentada e acessível nos registros da Receita Federal, nenhuma providência foi adotada até agora pelo Ministério Público, nem por órgãos de controle interno da Polícia Civil ou da Corregedoria.
Jornalista Vira Alvo de Perseguição
Enquanto isso, o jornalista que apurou e divulgou esses fatos vem sendo perseguido e assediado judicialmente por meio de uma série de processos promovidos pelo delegado — numa clara tentativa de silenciamento. Trata-se de um típico caso de “lawfare”: o uso da estrutura judicial para reprimir e intimidar quem exerce o direito constitucional à liberdade de imprensa e expressão.
Apesar de trazer à tona informações verdadeiras, documentadas e de interesse público, o jornalista agora enfrenta tentativas de condenação por parte de membros do Judiciário — os mesmos que deveriam proteger o direito à verdade e garantir a liberdade de imprensa. Para o delegado, há impunidade e cumplicidade institucional; para o jornalista, tentativa de criminalização da verdade.
A quem serve o silêncio das instituições?
É preciso perguntar: por que o Ministério Público ainda não investigou a atuação empresarial do delegado?
Por que o Judiciário não atua para coibir o uso indevido do sistema de justiça para perseguir a imprensa?
Até quando a sociedade aceitará que denunciar a verdade seja tratado como crime, e praticar irregularidades, como privilégio?
Exigimos Providências
Diante dos fatos, esta matéria cobra:
Ação urgente da Corregedoria da Polícia Civil para apurar a conduta funcional do delegado;
Investigação do Ministério Público quanto à possível prática de improbidade e crime funcional;
Comprometimento do Poder Judiciário com a proteção da liberdade de imprensa;
Garantia de proteção legal ao jornalista, impedindo a continuação de assédio judicial.
A democracia não sobrevive onde a verdade é punida e a ilegalidade é protegida por conluios silenciosos. É hora de as autoridades saírem do conforto da omissão e cumprirem seu dever constitucional.