Crise Institucional: Decisão de Gilmar Mendes, sigilo em investigação e suspeitas de blindagem criam onda de desconfiança no país! - Por Phoenix TPNews — Edição Especial
Após a decisão de Gilmar Mendes limitar os pedidos de impeachment exclusivamente à PGR, diversos senadores usaram a tribuna para acusar o Supremo de protagonizar um “acordão de blindagem”.
JUSTIÇA
12/3/20252 min read


A decisão monocrática do ministro Gilmar Mendes, do STF, que retirou do Senado e da sociedade o poder de apresentar pedidos de impeachment contra ministros da Corte, desencadeou uma onda de perplexidade no meio político. A interpretação dominante no Parlamento é de que houve interferência direta na prerrogativa constitucional do Senado e criação de um cenário que torna “praticamente impossível” responsabilizar membros do Judiciário.
O Phoenix TPNews avalia que o movimento gerou a sensação de que onde há fumaça, há fogo, principalmente porque ocorre logo após outro episódio altamente sensível envolvendo o Supremo Tribunal Federal: o pedido de sigilo total em uma investigação relacionada ao Banco Master e seu controlador.
Nos bastidores, parlamentares levantam questionamentos sobre eventuais conflitos de interesse, devido ao fato — amplamente discutido no meio político — de que esposas de ao menos dois ministros do STF já atuaram ou teriam atuado como advogadas ligadas ao setor bancário, incluindo instituições que enfrentam questionamentos públicos. Não há, até o momento, qualquer comprovação de irregularidade, mas a simultaneidade dos fatos alimentou suspeitas e discursos inflamados.
O caso Banco Master e o impacto político
A informação de que um ministro do STF teria determinado sigilo absoluto sobre investigações envolvendo o Banco Master, instituição associada a perdas de grande escala no mercado financeiro, intensificou suspeitas entre parlamentares e analistas políticos. A cifra de prejuízos supera dezenas de bilhões no sistema financeiro — um fato que por si só já desperta forte atenção regulatória.
Mesmo sem qualquer prova pública de participação ou favorecimento de autoridades, o pedido de sigilo foi interpretado por congressistas como mais um episódio que fortalece a narrativa de opacidade e blindagem no topo do Judiciário.
Reação do Senado: incredulidade e acusações de “acordão”
Após a decisão de Gilmar Mendes limitar os pedidos de impeachment exclusivamente à PGR, diversos senadores usaram a tribuna para acusar o Supremo de protagonizar um “acordão de blindagem”.
Para eles, a decisão:
Esvazia a função constitucional do Senado de processar ministros da Corte;
Revoga na prática dispositivos da Lei 1.079/1950, vigente há 75 anos;
Concentra poder em uma única autoridade — o Procurador-Geral da República — reduzindo a participação da sociedade e do Legislativo;
Reforça a percepção de que o STF estaria se colocando fora do alcance de mecanismos republicanos de fiscalização.
Percepção pública e risco institucional
Especialistas em direito constitucional enfatizam que decisões monocráticas dessa magnitude, sobretudo quando afetam o equilíbrio entre Poderes, aprofundam a sensação de ruptura institucional.
Para o Phoenix TPNews, o conjunto de acontecimentos — decisão sobre impeachment, sigilo de investigações e suspeitas ventiladas no Congresso — compõe um cenário onde cresce o sentimento de que instâncias do Judiciário estariam se movendo para proteger seus próprios integrantes, ainda que não haja prova de irregularidades.
No ambiente político, o cheiro de blindagem judicial domina discursos e articulações. Enquanto isso, juristas cobram transparência, o Senado promete reagir e a sociedade acompanha, perplexa, um dos momentos mais tensos da história recente entre STF e Congresso.
