Banco Master, PCC e STF: quando o crime organizado cruza com o poder

Uma operação da Polícia Federal que vaza. Oito criminosos fogem. E um banco ligado ao esquema contrata o escritório de advocacia da família de um ministro do Supremo. Coincidência ou falha sistêmica?

Redação - Fonte: Malu Gaspar - O Globo

8/31/20252 min read

Uma operação da Polícia Federal que vaza. Oito criminosos fogem. E um banco ligado ao esquema contrata o escritório de advocacia da família de um ministro do Supremo. Coincidência ou falha sistêmica?

O que se sabe

📌 Investigação da PF
A Polícia Federal apura que a Rear Investimentos lavava dinheiro para o Primeiro Comando da Capital (PCC) no setor de combustíveis em São Paulo.
Parte desse dinheiro teria circulado pelo Banco Master.

📌 A operação que vazou
Dos 14 mandados de prisão expedidos, oito alvos fugiram antes da chegada da polícia. Escritórios ligados ao esquema já estavam esvaziados. Até agora, não se sabe a origem do vazamento.

📌 Defesa do Banco Master
Segundo revelou a jornalista Malu Gaspar (O Globo), o banco contratou o escritório de advocacia da esposa de Alexandre de Moraes, onde também atuam os dois filhos do ministro do STF.

O que está em debate

⚖️ Conflito de interesses?
A contratação é legal, mas levanta dúvidas éticas: pode um banco investigado por lavar dinheiro do crime organizado ser defendido pelo escritório ligado à família de um ministro que integra a mais alta corte do país?

Não há evidência de que Alexandre de Moraes tenha interferido no caso. O ponto é a percepção pública: quando justiça e política se cruzam, a confiança da sociedade balança.

O que falta esclarecer

🔍

  • Quem vazou a operação da PF?

  • O Banco Master será denunciado formalmente por participação no esquema?

  • Haverá investigação sobre a possível influência política no caso?

Por que importa

Esse não é apenas mais um escândalo financeiro. É um retrato de como o crime organizado, o sistema financeiro e a política podem se entrelaçar em silêncio.

Quando criminosos fogem antes da polícia chegar, a pergunta é inevitável: quem avisou?
Quando um banco envolvido procura abrigo em um escritório ligado à família de um ministro do STF, a dúvida é outra: quem vigia os guardiões da lei?

No fim, a questão é direta: o Brasil está preparado para enfrentar o crime organizado quando ele toca o coração das instituições?