Apesar de cargos de confiança, passado de dois policiais que integram o poder público é marcado por investigações
Apesar de hoje ocuparem posições estratégicas no governo e na segurança pública, o histórico dos policiais civis Fernando da Silva Veloso e Fábio Freitas Figueiredo é marcado por investigações e acusações amplamente noticiadas no passado.
MATÉRIA DE OPINIÃO - CENÁRIO INTERNACIONAL
Redação
8/18/20252 min read


Apesar de hoje ocuparem posições estratégicas no governo e na segurança pública, o histórico dos policiais civis Fernando da Silva Veloso e Fábio Freitas Figueiredo é marcado por investigações e acusações amplamente noticiadas no passado. Reportagens de veículos de grande circulação revelam que ambos já foram alvo de suspeitas graves, mas jamais contestaram judicialmente as publicações — em contraste com a postura atual contra jornalistas independentes.
O caso “Nem da Rocinha” e a investigação da Polícia Federal
Em 2011, durante a prisão do traficante Antônio Bonfim Lopes, o “Nem da Rocinha”, veículos como O Globo e Gazeta do Povo divulgaram que policiais civis, entre eles Fábio Freitas Figueiredo, seriam investigados pela Polícia Federal por suspeita de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
Segundo as matérias, agentes da Polícia Civil teriam tentado assumir a custódia do traficante já detido pela Polícia Militar, levantando suspeitas sobre interesses paralelos. O episódio resultou em investigação federal e ganhou grande repercussão na imprensa.
📌 Importante: "Nem" Veloso Nem Figueiredo processaram judicialmente os veículos que assinaram tais reportagens.
A delação de Sérgio Cabral contra Fernando Veloso
Mais tarde, em delação premiada, o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, preso e condenado por corrupção, citou o nome de Fernando da Silva Veloso em acusações de envolvimento em esquemas ilícitos.
Mesmo diante da gravidade das declarações, Veloso não processou o ex-governador nem moveu ações por calúnia ou difamação.
O silêncio diante da imprensa tradicional
Nos dois casos acima — a investigação da Polícia Federal contra Figueiredo e a delação de Cabral contra Veloso —, os citados permaneceram em silêncio. Nenhum processo contra os veículos de imprensa ou contra Cabral foi registrado.
Esse comportamento contrasta fortemente com a postura atual contra jornalistas independentes.
A perseguição contra um jornalista independente
Enquanto ignoraram grandes veículos e figuras públicas, Veloso e aliados passaram a acionar a Justiça contra um jornalista independente, que publicou dados acessíveis ao público no site da Receita Federal.
A reportagem mostrou que Veloso figurava como sócio de empresa registrada em nome de sua mãe, situação que pode caracterizar uso de laranja. Diferente das grandes redações, aqui houve reação: processos, perseguição e tentativa de silenciamento.
Dois pesos e duas medidas
O contraste é evidente:
Contra veículos consolidados (O Globo, Gazeta do Povo) → silêncio.
Contra Sérgio Cabral, ex-governador condenado → silêncio.
Contra jornalista independente → processos e perseguição judicial.
Esse padrão de conduta expõe um comportamento seletivo, típico do lawfare: usar a máquina judicial como arma política para intimidar e silenciar vozes isoladas, enquanto se evita o confronto com grandes instituições.
👉 Essa narrativa revela não apenas a disparidade de tratamento, mas também a assimetria de poder entre a grande imprensa, políticos de peso e jornalistas independentes, que acabam sendo os alvos mais vulneráveis.